20 dezembro 2017

Escrevemos a nossa história! Escreva você também a sua!!

Escrever é fácil. Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca ideias.” (Pablo Neruda)

Quem dera colocar as ideias no papel fosse algo tão simples como parece na citação acima! Porém, o grande desafio da arte da escrita está justamente no recheio. A depender do que sai da ponta do lápis, Neruda sentiria-se um pouco contrariado, pois, no lugar do ponto final, surgiriam exclamações, interrogações, reticências… Tudo em função das ideias e sentimentos que brotam do autor para a lauda em branco!

Enquanto escola, temos de refletir sobre a analogia de Rubem Alves: queremos ser uma escola que é gaiola ou que é asa? Se desejamos ver nossos alunos a voar, precisamos saber que “escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Livros voandoÉ para criar a “coragem” de escrever e de se expressar e ao mesmo tempo “aprimorar” tal habilidade que existe na proposta curricular do colégio, projetos que colocam a produção textual no centro da aprendizagem dos nossos alunos. Desde o material didático do SAS que, do 1º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio, possui componentes que reforçam o prazer da escrita, à criatividade e integração de nossos professores, são muitas as iniciativas que contribuem para a formação de nossos alunos no campo da escrita.

Neste último texto de 2017, gostaríamos de citar alguns desses trabalhos para lembrar a todos de que a escrita, mais do que um conteúdo escolar, é uma forma de se libertar e de se conectar com o mundo. Nós escrevermos as nossas histórias em 2017 e esperamos, em 2018, continuarmos a escrevê-las juntos!

Que não faltem palavras para descrever nossa gratidão pelo ano que se encerra e nosso desejo de que o próximo seja ainda mais repleto de conquistas e de realizações. Feliz Natal e um ótimo Ano Novo a todos.

Para escrever, o primeiro passo é ter imaginação!

A maior parte do tempo de um escritor é passado na leitura, para depois escrever; uma pessoa revira metade de uma biblioteca para fazer um só livro. (Samuel Johnson)

Quem disse que para escrever um livro é preciso saber escrever? Os alunos do Infantil, por exemplo, já tem o deles graças ao projeto “Era Uma Vez…” . Na proposta, em uma Aula Aberta pais e alunos imaginaram juntos uma história em que cada família, a partir de um item sorteado, deveria imaginar uma cena da história. Para as crianças, criarem elas próprias o enredo, é um primeiro passo que será seguido por vários outros com a alfabetização ao longo do 1º e do 2º ano. Porém, por mais que a caminhada seja longa, a primeira ferramenta elas já desenvolveram: uma imaginação rica e fértil!

Chuva de Alegria

Chuva de Alegria foi o título da história criada pelo INF 3A

Ficou curioso para ler as histórias dos pequeninos? Clique aqui.

Em tempos de tecnologias digitais, olhar para o passado ajuda a construir o futuro e a dar segurança aos alunos!

Você conhece a mais nova tecnologia? Trata-se de uma impressora instantânea. A medida que você digita ela já vai imprimindo o texto! Se tiver alguma dúvida, peça ajuda aos alunos do 4º ano, pois eles a conhecem bem o que é uma máquina de escrever. Além da curiosidade, em tempos de corretores automáticos e de escrita digital, onde é muito fácil apagar e reescrever, pensem na importância da concentração e do conhecimento da linguagem na produção de textos antigamente.

Outro exemplo do desenvolvimento da escrita dos alunos ao longo do Ensino Fundamental I é a transição do lápis para a caneta. Além de todas as questões motoras envolvidas, tal transição dar-se-á em um momento em que as crianças já estão maduras o suficiente para escrever com segurança e precisão.

A leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil; e o escrever dá-lhe precisão. (Francis Bacon)

Saber escrever bem é uma habilidade que serve a todas as disciplinas escolares

Ao longo do Ensino Fundamental II, as competências necessárias para escrever bem continuam a serem desenvolvidas. Porém, com a presença de professores especialistas de área, não é só na disciplina de Língua Portuguesa que os alunos fazem uso de produções textuais.

No 7º ano, por exemplo, foi realizado um concurso de redações em uma parceria entre a Orientação Educacional e a professora de Língua Portuguesa. O objetivo do projeto foi sensibilizar os alunos sobre a importância de cuidar e de se preocupar com o outro. Quem venceu: Clara Varuzza de Oliveira, do 7º ano B. Quer ler a redação da aluna? Clique aqui. Além dela, destacaram-se, também, as alunas Ana Luisa e Cecília

Outro projeto do segmento, fora da disciplina de Língua Portuguesa, foi o trabalho realizado na disciplina de Ciências, no 8º ano. Trata-se da redação científica. No final do 1º semestre os alunos receberam uma missão: ler revistas como National Geographic, Super Interessante, Galileu e, a partir delas, produzir artigos e análises sobre os temas escolhidos. Além de ampliar o vocabulário, os alunos trabalhavam com temas atuais e praticavam as técnicas aprendidas nas aulas de Produção Textual. Para ilustrar o trabalho realizado, seguem alguns títulos:

  • A revolução do DNA, escrito por Aline Dutra;
  • A política sem conexão, escrito por Maurício Menali;
  • Musculação na adolescência, escrito por Diego Peixoto;
  • 100% bovino, escrito por Ellen Cardoso;
  • Do Egito para o Mundo, escrito por Verônica Damas.

Tal diversidade de professores e propostas reforçando a importância da escrita na vida acadêmica dos alunos é um importante fator que ajuda a explicar o sucesso dos alunos. Sob a orientação das professoras de Língua Portuguesa, alunos do Ave Maria tem conquistado há anos ótimos resultados no concurso de redações EPTV na Escola, inclusive com 3 finalistas em 2017, sendo 3º lugar geral conquistado pela aluna Melissa Ferreira neste ano.

No Ensino Médio a busca pelo aprimoramento: uma redação voltada para a universidade

Fechando o ciclo da educação básica, no Ensino Médio é hora do aluno atingir a maturidade na escrita. Além de aprimorar as habilidades dos alunos nos principais gêneros textuais, a argumentação ganha um papel de destaque. Seja na produção de textos dissertativos, seja na análise da linguagem para afinar ainda mais a capacidade de interpretação e, consequentemente, da junção e organização de ideias, as disciplinas de Gramática, Literatura e Interpretação / Produção Textual, unem-se para preparar os alunos para o vestibular e para se expressarem através da língua escrita em suas vidas profissionais.

Coleção Integrada

Coleção Integrada do SAS dá início já no 9º ano à preparação para os desafios que os alunos enfrentarão no final do Ensino Médio.

Um bom termômetro da qualidade de todo esse processo, iniciado bem lá atrás, nas contações de história do curso infantil, são os resultados que surgem ao final da 3ª série. Em 2016, o aluno Gabriel Ferreira, da 3ª série do Ensino Médio, teve sua redação para o vestibular da UNICAMP premiada como uma das 30 melhores, sendo publicada em um livro comemorativo dos 50 anos da universidade.

Além desse resultado, os alunos do Ave Maria tem obtido ótimos resultados em outros vestibulares, especialmente no ENEM.

Sabemos que estes resultados não foram obtidos  porque um dia alguém decidiu pelos alunos que eles teriam de aprender a escrever, mas, pelo contrário, foram os alunos do Ave Maria, que estimulados e apoiados por seus professores e pela estrutura do colégio, desejaram para si asas para voar. Essas asas não podem ser cortadas e serão o suporte necessário para os voos que por eles serão alçados ao longo de suas vidas, cada um atingindo os céus que um dia almejou conquistar!

Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes. (Rubem Alves)