09 março 2016

Qual a diferença entre esta geração e a de seus pais no campo da informática?

Muito se fala sobre a relação de nossas crianças com a informática. Um termo bastante comum existe para diferenciar os jovens de hoje daqueles que foram jovens 15 ou 20 anos atrás. Trata-se do conceito de “nativo digital” e “migrante digital”. Pesquisadores e estudiosos da educação classificam como “nativos digitais”, de maneira geral, as crianças que já nasceram imersas em tecnologias como  computadores, celulares e tablets, além, é claro, da própria Internet. Desde pequenas elas manipulam tais equipamentos com uma destreza que espanta e até assusta alguns adultos. Já os “migrantes digitais” são aqueles que não nasceram em tal imersão, mas ao longo da vida adquiriram certas habilidades no uso destes recursos.

Quem nunca presenciou a cena em que os pais mostram a familiares ou a amigos as habilidades de seus filhos, ou mesmo veem seus filhos surpreender os mais velhos:

  • Olha só! Ele já sabe destravar o celular sozinho.
  • Nem sabe ler, mas já consegue jogar sozinho na Internet!
  • Vai lá Gabriel e mostra para o seu avô como achar aquele vídeo no YouTube.

Há, obviamente, muita discussão entorno dos benefícios e limites do uso de computadores para o desenvolvimento das crianças sem que se tenha ainda um consenso absoluto sobre o tema. Porém, algo é certo, em nossa sociedade, compreender e utilizar de maneira qualificada computadores e recursos digitais é uma necessidade quase inerente à vida coletiva.

Por esse motivo, é importante superar um tradicional equívoco cometido quando se fala de nativos digitais: a ideia de que eles “sabem tudo de informática”. Na maioria das vezes, o conhecimento é limitado a poucos recursos, como o uso (nem sempre benéfico) de redes sociais ou navegação inconsciente pela internet (quem nunca se pegou clicando de link em link sem nem perceber o que procurava?).

Aulas de informática do Infantil e do 1º ano: você conhece um computador por dentro?

Para mostrar às crianças que as tecnologias digitas são muito mais que o YouTube, o Facebook ou o WhatsApp, o colégio propôs uma aula diferente. Eles não iriam usar os computadores, mas ver um deles por dentro!

Para isso, foi chamada a Doutora de Computadores (com direito a jaleco e estetoscópio)! A partir da imagem familiar do personagem médico, os alunos conheceram por dentro uma CPU cuidadosamente desmontada para mostrar placas, circuitos e muitos fios. Mais do que o suficiente para que as crianças compreendessem que, por trás das facilidades das tecnologias, existe muito conhecimento científico e um minucioso apanhado de pequenos equipamentos.

Através das imagens mentais criadas pelas crianças, no futuro professores falarão de física, matemática e informática podendo apelar para as memórias que elas tiveram desta aula. É o conhecimento sendo construído na prática, a partir de experiências e percepções de uma simples aula de informática diferente das demais. Pela carinha de atenção das crianças dá para perceber que interesse no assunto não faltou!

Informática Básica para o alunos do 6º ano

Você se lembra como aprendeu a formatar um documento no Word? Ou se lembra da época em que fazia apresentações no Powerpoint cheias de efeitos mirabolantes e som de transição (quem nunca usou o som de palmas para passar de um slide para outro ou para finalizar uma apresentação?). Para a maioria o Excel se limita à construção de tabelas para organizar os gastos do orçamento familiar… Pois bem, o mundo de hoje nos exige muito mais. É raro nos dias atuais vermos cursos de Word, Excel ou Powerpoint, porém, esta ausência cria um vale entre dois mundos: de um lado adultos que aprenderam fuçando ou que fizeram cursos muito tempo atrás para aprender a usar programas de escritório e de outro crianças que julgamos já saberem tudo de informática ou que tenham a obrigação de saberem sozinhas.

O que se observa no dia-a-dia são “nativos digitais” que muitas vezes não tem a menor ideia sobre como formatar um parágrafo. Ou que nunca construíram um gráfico, nem tampouco sabem copiar uma formatação para padronizar as fontes e configurações em uma apresentação de slides. O problema é que, sendo nativos digitais, todos esperam que eles já saibam essas coisas ou que descubram sozinhos, e isso raramente acontece.

Por isso, todo início de ano, os alunos que ingressam no Ensino Fundamental II participam de uma série de aulas de Informática básica nas quais são apresentadas uma série de ferramentas e recursos que irão facilitar suas vidas na hora de preparar trabalhos e a conseguir continuar seu aprendizado no campo da informática. “Nada de ensinar atalhos inúteis ou funções que de nada lhes servirão“, comenta Franciele responsável pelas aulas de informática básica. A ideia do projeto é despertar no aluno a consciência em relação à necessidade de se usar bem os programas básicos para que trabalhos escolares (documentos de texto e apresentações) sejam agradáveis de se ver/ler, além de organizados e claros, nada parecidos com aquele trabalho sem formatação, com fonte Comic Sans, ou com aquela apresentação em que cada título tinha uma fonte diferente por que foi copiado de diferentes páginas da Internet.