Modernidade Líquida X Formação Sólida: desafios da educação em nossos dias
Duas questões são centrais àqueles que se ocupam de pensar a educação: como e a quem ensinar? Precisamos ter clareza de como é a escola que construímos e, sem nos desconectarmos da realidade, reconhecermos quem são nossos alunos e suas famílias, como pensam, quais seus sonhos e objetivos. O segredo de uma boa escola ampara-se na sua capacidade de ordenar as respostas para estas questões de maneira harmoniosa e eficiente.
Para analisar estas questões, no início de agosto todos os professores do Ave Maria, além de nossa equipe gestora, se reuniu para a palestra “Modernidade Liquida e a Educação”, ministrada pelo historiador, e ex-aluno do colégio, Gustavo Aguiar. Tendo se formado aqui em 1999 e na UNICAMP em 2004, o hoje professor e palestrante trouxe para o debate um completo resgate histórico sobre aquilo que hoje chamamos de escola e sobre os desafios de se ensinar para uma sociedade que é descrita por alguns autores como “líquida”.
Este conceito, segundo o palestrante, nos remete a ideia de que no mundo atual falta solidez. Parece que tudo e todos deixaram para trás quaisquer referenciais para assumirem uma fluidez que se assemelha à do líquido, que ao ser colocado em um recipiente, adapta-se imediatamente à sua forma.
Uma frase resume bem o tamanho do desafio imposto aos educadores de nosso tempo: “Trabalhamos com uma escola que segue um modelo criado no século XIX, cujos professores aprenderam a ensinar no século XX e que atende alunos do século XXI“, provoca o palestrante.
Sem entregar as respostas, Gustavo encerrou sua palestra instigando os professores a ficarem atentos às armadilhas do século XXI, especialmente quanto a compreensão dos valores que orientam nossos jovem e ao desafio de compreendermos exatamente onde queremos chegar.