29 agosto 2015

Formação Humana e a Semana do Jovem e do Adolescente

Existe uma diferença muito grande entre informação e formação/conhecimento. Adquirir “informação” é um processo que está relacionado mais à memória do que ao aprendizado. Quando uma pessoa diz que o Brasil foi colonizado por portugueses, temos nessa afirmativa a reprodução de uma declaração. Apenas isso. Porém, enquanto escola, nossa missão é formar o aluno, ajudando-o a adquirir conhecimento, o que exige que ele seja capaz de questionar, estabelecer relações e chegar a conclusões além da informação que ele adquiriu. O conhecimento surge quando o aluno é capaz de, sabendo que o Brasil foi colonizado por portugueses, compreender os desdobramentos dessa informação.

Exemplo colonial a parte, foi sabendo diferenciar informação de conhecimento que a Gestão Pedagógica do Ensino Fundamental II e Médio planejou a Semana do Jovem e do Adolescente. Nosso objetivo, foi capacitar os alunos do Ave Maria para compreender as implicações do bullying/cyberbullying e saber agir de modo ativo contra essa prática. Na parte final da semana, falamos ainda de alimentação saudável, trazendo não só dados sobre nutrição, mas fomentando práticas através da promoção de lanches saudáveis e da prática de atividades físicas.

Confira a seguir um resumo da semana e aproveite para conversar com seus filhos sobre os temas da Semana.

Palestras com advogada e mesa redonda discutem o bullying e o cyberbullying

Ao longo de dois encontros, a advogada Valéria Reani apresentou para os alunos uma série de dados sobre o que é e o que não é bullying. Um dos focos foi diferenciar conflitos que ocorrem no dia-a-dia daquilo que realmente seria caracterizado como perseguição, agressão e humilhação.

PalestraPara a doutora, configura-se bullying uma prática recorrente, de dois ou mais indivíduos contra uma pessoa, culminando em agressões físicas, psicológicas ou morais. Um xingamento pontual, uma crítica ou desentendimento não podem ser banalizados como bullying sob o risco de ocultar problemas realmente graves associados à prática. Ela falou ainda sobre questões judiciais relacionadas ao cyberbullying e deu orientações sobre como se proteger e defender seus direitos em caso de agressão.

O ciclo de eventos sobre o tema se encerrou com uma mesa redonda onde os professores de Filosofia/Sociologia, Murilo Gomes e Marcelo Contin, acompanhados da advogada Valéria e das orientadoras, responderam a questionamentos dos alunos sobre, dentre outros temas, a implicação na vida das pessoas de práticas relacionadas ao bullying. Uma frase que chamou bastante a atenção dos alunos foi um exemplo dado pelo professor Murilo:

“Tanto quem sofre, quanto quem pratica o bullying tem um vazio imenso dentro de si. Porém um deles escolha um caminho repleto de maldade para preencher esse vazio. Sem uma plateia que aplauda as ofensas e agressões, o agressor terá de buscar uma outra forma de preencher este vazio.”

Outra frase que gerou perguntas e levou os alunos à reflexão foi: quem ri de uma brincadeira ou gozação proferida contra um colega deve se perguntar, como eu me sentiria no lugar dele. A conclusão do professor Marcelo, de certa forma resumiu parte da solução para o problema: o ser humano perdeu parte da capacidade de acolher. Falta-nos o dom de olhar para o outro e querer protege-lo ao invés de atacá-lo. Precisamos reconquistar esse dom.

Alimentação saudável e aula de Zumba equilibram a semana com temas descontraídos e muita agitação

Na quinta e na sexta-feira, os alunos contaram com a presença de Ana Paula Bertozzi Teixeira, nutricionista, e da professora convidada Simone Bosco. Depois de dias cheios de provas finais de trimestre e das discussões complexas sobre o bullying, os dois últimos dias ficaram reservados para o relaxamento. Depois de falar sobre alimentação saudável, Ana Paula teve de se desdobrar para responder aos questionamentos sobre alimentação dos alunos. Disputado, o microfone saltava de mão em mão, mostrando o interesse dos alunos sobre o tema.

Na sexta-feira, último dia da semana, para que todos começassem setembro com a pilha recarregada foi a vez da professora Simone Bosco, tomar a frente dos alunos, dessa vez, não para palestrar, mas para movimentar. A aula de Zumba, com duração de 50 minutos serviu para jogar o estresse para longe e divertir alunos e professores que participaram da aeróbica.

Com o encerramento das atividades da semana, os alunos do EFII e EM voltaram para casa após um tratamento completo: cabeça, corpo e estômago ficaram um pouco mais fortalecidos ao longo dos últimos dias.

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