Dificuldades e desafios no relacionamento intergeracional
Dentro do projeto Redescobrindo a Vida, recebemos nesta terça a visita da Personal Care Andrea Dimarzio, especialista em envelhecimento humano. Ela, que foi aluna do colégio durante sua adolescência, formou-se em Comunicação Social na PUC-Campinas e hoje trabalha prestando auxílio a famílias e idosos de modo a promover uma comunicação efetiva entre as diferentes gerações e, especialmente, garantir àqueles que envelhecem o cuidado e o carinho de que precisam.
A palestrante conta que o seu interesse pela 3ª e 4ª idade começou dentro de casa, quando ainda jovem, passou a ajudar sua mãe e suas tias a cuidar da avó idosa. Foi nesse momento que ela percebeu o sofrimento provocado pela inversão de papeis. “Durante a vida adulta, somos responsáveis por cuidar de nossos filhos, crianças e adolescentes. No entanto, quando chegamos à velhice, muitas vezes esse papel se inverte, somos nós que precisaremos ser cuidados“, explica Andrea.
Dessa angustia e das diferentes formas de se ver o mundo é que geralmente nascem os conflitos dentro da família. O jovem, em especial, pensa em um tempo muito diferente do idoso. Suas preocupações são imediatistas, enquanto que o mais velho enxerga o tempo à muito longo prazo.
A dica oferecida pela palestrante é promover a interação. Os jovens não devem se abster de participar do cuidado e interagir com os mais velhos. Andrea sugere um experimento àqueles que tem familiares na 3ª ou 4ª idade: usem a tecnologia como uma ponte para interagir com os idosos de sua família. Ela sugere que, durante 1 semana, a cada dia, que os alunos tentem explicar a uma pessoa mais velha algo sobre tecnologia ou sobre uma novidade da qual gostem muito. Porém, façam isso com carinho e paciência. Lembrem-se que, ao contrário dos jovens, eles não nasceram com um celular na mão, brinca a palestrante.
Vale lembrar que, um dia, todos seremos idosos. Ajudar nossos alunos a tomar consciência dos desafios dessa fase da vida é o foco do projeto Redescobrindo a Vida. Se você também quer fazer a diferença comece em casa e continue na escola. Chegando em casa, dê aquele abraço no seu avô, e lembre-se que, assim como ele cuidou/cuida de você, amanhã será a sua vez de cuidar.
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