12 dezembro 2015

Com outros olhos: dicas preciosas de quem aprendeu o caminho!

Por Lígia Maria, 2ª série do Ensino Médio, para o Jornal Médio à Mostra.

Na última semana de aula, entrevistei o aluno Gabriel Ferreira (atualmente no 2ºEM), o qual tenho orgulho em ter como colega de classe. Uma das razões que me motivaram a fazer essa entrevista, foi porque sempre me intriguei com o fato dele ter mais facilidade em aprender as matérias e, numa primeira impressão, quem o vê costuma pensar que ele é um “gênio”, que aprende sem esforço. Mas depois de conhecê-lo melhor, percebo que essa “genialidade” vem de muito tempo. E de muito trabalho, também!
É comum que alunos e amigos que o conhecem, há no mínimo seis anos ou mais, tenham essa mesma percepção que tive. Aliás, todos os que ouvi, dizem que ele se dedica desde pequeno aos estudos. A rotina dele é bastante sistemática e foi criada baseada em responsabilidade e compromisso.
Toda semana, ele separa as matérias que irá estudar ao longo da mesma. Uma de suas estratégias é tentar criar um espaço de tempo entre a aula, na escola, e o dia em que ele irá estudar. Por exemplo, diz ele:  “se tenho aula de geografia na terça-feira, reviso na quarta, assim consigo fixar melhor o conteúdo para a próxima aula, sem deixar que ele seja totalmente esquecido na minha cabeça“. “Fazer resumos e esquemas também pode ajudar“, conclui.
Além disso, ele ainda separa as matérias nas quais tem mais dificuldade, em conjunto com matérias do ano anterior, para estudar paralelamente. Gabriel cita essa dica para seus colegas, a fim de que eles tenham mais facilidade para aprender matérias que muitas vezes são consideradas pré-requisitos básicos para concluir o ano letivo ou dar continuidade no aprendizado no ano seguinte.
Uma sugestão dada pelo aluno, para aqueles que costumam ter dificuldades sempre nas mesmas matérias, foi: “Não tenham medo de buscar a raiz do problema. Peça ajuda aos professores, à coordenação e até aos seus amigos para que você possa acabar com esse problema da melhor maneira“.
Na forma de aprender adotada pelo Gabriel, a função dos colegas de classe é importante. “Quando você explica a matéria para o seu amigo, mesmo que sem compromisso, você está não só guardando e fixando o que aprendeu, como também ajudando-o a entender algo que, talvez, ele não tenha conseguido compreender pela explicação do professor“.
No começo, nosso colega disse que ficava bastante preocupado em sempre tirar a nota máxima nas provas. Hoje em dia, diz ser bem mais tranquilo em relação a isso, pois acredita que o aprendizado pode ser muito mais importante do que um “10”, e que existem notas boas mesmo que não sejam a máxima. Ele afirma também não se preocupar com o fato de alguns alunos acharem que ele é um gênio, pois sabe que não é tão simples assim.
Resolvi fazer essa matéria, para mostrar que a inteligência não surge do nada, mas é fruto de dedicação, esforço e comprometimento. O importante é dar seu máximo e valorizar os estudos para construir um futuro bom para si mesmo. O conhecimento é o único bem que poderemos levar para nossas vidas, mesmo que percamos todos os bens materiais.
Gostaria de deixar ao aluno Gabriel os meus sinceros agradecimentos por ter se disponibilizado para essa entrevista, e espero que ele consiga alcançar seus objetivos, porque além de um ótimo aluno, é um excelente amigo. Acredito que não seja a única que enxerga no Gabriel um aluno com grande potencial. Sei que muitos colegas o veem assim. Ele não é o único com esse potencial, existem vários. Você pode ser um deles, basta se dedicar!

Não tenham medo de buscar a raiz do problema. Peça ajuda aos professores, à coordenação e até aos seus amigos para que você possa acabar com esse problema da melhor maneira“. (Gabriel Ferreira)